A transformação digital introduziu novos conceitos ao mercado tradicional. O repertório jurídico não poderia ficar de fora disso e, assim, os atuais desafios, a concorrência e a revolução tecnológica, fizeram com que as novas técnicas alternativas de gestão se expandissem para além da memorização de leis e regimentos dos tribunais.
Como tudo é muito novo, é comum que os termos ainda não estejam consolidados e gerem dúvidas. Assim, as pessoas podem indagar sobre o uso de certos termos nessa área.
É nesse contexto que se insere o Legal Design e, sobretudo, o Desing Thinking e Visual Law.
Design Thinking
O Design Thinking é uma metodologia focada em organizar o processo criativo e gerar soluções para problemas. Essa ferramenta pode ser utilizada na busca por soluções inovadoras em qualquer empresa.
Essa metodologia é dividida em diversas etapas:
Embora muitas pessoas pensem que a palavra “design” esteja associada a “arte” ou “beleza”, a verdade é que aqui o termo é destinado a pensar em soluções mais criativas para problemas que o mercado possa ter. A ideia é ter como base as necessidades e obstáculos impeditivos para criar conceitos e ideias que possam, de uma maneira mais facilitada, finalizar essas “dores de cabeça”.
O “design” então, mais do que beleza, propõe uma nova cultura de trabalho para resolver problemas antigos. É, basicamente, ver com um olhar mais dinâmico ou enxergar novos caminhos através da perspectiva do consumidor final. Geralmente, o Design Thinking trabalha com cinco fases: entendimento do problema, compilação de informações, geração de ideias, materialização de ideais e, por fim, validação.
Legal Design
O Legal Design é aplicação do Design Thinking no direito, e tem o foco em ajudar o mercado consumidor de serviços jurídicos em um dos problemas mais consistentes e constantes apresentados: como mostrar o Direito para pessoas que não são advogados?
É, basicamente, pensar “fora da caixa” no quesito “como mostramos nosso trabalho de maneira mais fácil ao mercado?”. Ou seja, O Legal Design utiliza a aplicação de princípios e elementos de design e experiência do usuário na concepção e elaboração de documentos ou produtos jurídico.
O conceito pode ser aplicado em documentos existentes para melhorá-los ou, ainda, adotado na concepção de um produto ou serviço jurídico. Para isso, leve em consideração sempre alguns pontos essenciais de experiência do usuário:
- Reduza o texto dos documentos para que sejam objetivos;
- Evite palavras de difícil entendimento;
- Remova a poluição textual ou visual;
- Utilize iconografia, cores, fontes, tamanhos de fontes, pense na hierarquia das informações e separe-as conforme necessário;
- Procure utilizar recursos visuais para ressaltar o sentido do texto ou substituÍ-lo (nenhum recurso deve ser utilizado apenas por ser esteticamente atraente. O recurso visual deve servir a propósito.
Visual Law
Visual Law é uma subárea do Legal Design que visa tornar o Direito mais compreensível e claro para o indivíduo leigo, através de elementos visuais, tais como vídeos, fluxogramas, infográficos, gamificação, bullet points, storyboards, dentre outros recursos.
O objetivo é transformar a informação jurídica em algo que qualquer pessoa seja capaz de entender, com a integração de vídeos e outros elementos visuais.