Impactos da Reforma Tributária na indústria

Impactos da reforma tributária na indústria

A Reforma Tributária foi aprovada e será um divisor de águas, especialmente para o setor industrial 

Neste documento, exploramos os seus impactos para a indústria, bem como as implicações dessas mudanças e as oportunidades que surgem para os negócios do setor.  

Confira!  

Entendendo a Reforma 

A principal alteração da Reforma Tributária é a consolidação de cinco tributos em dois. 

Pelo texto, o novo sistema tributário prevê que os impostos federais IPI, PIS e COFINS serão transformados na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), já o imposto estadual ICMS e o imposto municipal ISS serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). 

Haverá ainda o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre bens e serviços nocivos à saúde ou ao meio ambiente, tendo como objetivo desestimular a produção e o consumo desses itens.  

O projeto de Lei Complementar, PLP nº 68/2024, que regulamenta a Reforma Tributária, prevê uma alíquota de 26,5%.

Espera-se que a unificação dos tributos e a simplificação das obrigações acessórias possam ajudam o setor industrial. 

Impactos da Reforma Tributária no setor industrial  

Com relação aos impactos da Reforma Tributária na Indústria, além da unificação dos tributos e desburocratização do sistema de arrecadação, a reforma busca criar uma menor distorção dos efeitos econômicos da cadeia produtiva ao adotar a sistemática do Imposto sobre Valor Agregado – IVA. 

Na prática isso quer dizer que as empresas terão pleno direito ao aproveitamento de créditos dos produtos e serviços adquiridos. 

A adoção do IVA permitirá que as indústrias se apropriem, na forma de crédito escritural, de toda a tributação (IBS e CBS) incidentes na cadeia anterior, tendo direito de compensar tais valores com os tributos (IBS e CBS) incidentes na venda de produtos industrializados. 

Como a Reforma afeta a carga tributária do setor industrial? 

A aplicação deste novo modelo tributário pode proporcionar alguns benefícios ao setor da indústria, principalmente pelo fato de que as alíquotas definidas para o IBS (17,7%) e a CBS (8,8%), resultarão em uma carga tributária total de 26,5%.

Assim, em tese, teremos uma redução da carga tributária para as indústrias, visto que atualmente esse percentual, em média, equivale à aproximadamente 30% incidindo sobre o faturamento.

Em um caso hipotético que a empresa fatura R$ 500.000,00. Ficaria a seguinte situação:

Vale lembrar que o setor da indústria sofre com a tributação em cascata e com o IVA esta perda financeira também diminuirá.

Oportunidades e desafios 

Um aspecto vital da Reforma é a mudança na sistemática de apuração de créditos. A expectativa é de que haja uma ampliação da base de créditos, incluindo despesas com inovação e pesquisa e desenvolvimento. Esta mudança pode incentivar práticas que elevem a competitividade e a modernização do setor. 

Atualmente, muitas empresas enfrentam desafios ao utilizar seus créditos acumulados devido às inúmeras restrições legais. Com a Reforma, espera-se maior flexibilidade financeira, permitindo o uso mais rápido e estratégico desses créditos. 

Pelo texto aprovado, até o momento, apenas bens de uso e consumo não estão aptos para gerar créditos, o que obviamente trará um maior equilíbrio financeiro para as indústrias, bem como segurança quanto aos créditos passíveis de serem utilizados.

A simplificação na recuperação de créditos e as alíquotas mais equilibradas podem traduzir-se em economias substanciais, permitindo que as empresas reinvistam recursos de maneira estratégica. 

Assim será possível ofertar produtos a preços mais competitivos, além de atrair investimentos estrangeiros e fomentar a expansão do setor no cenário internacional. 

Empresas que adotarem uma abordagem estratégica, preparando-se para os desafios e capitalizando as oportunidades, estarão na vanguarda de uma nova era industrial no Brasil. 

Conclusão 

É possível afirmar que a Reforma Tributária, além de proporcionar um ambiente mais previsível e seguro juridicamente, poderá encorajar a adoção de novas tecnologias e práticas eficientes, potencialmente moldando o futuro do setor industrial no Brasil. 

Contudo, é importante reconhecer que, apesar dos benefícios previstos, a Reforma pode, inicialmente, gerar apreensões relacionadas à carga fiscal. No entanto, no médio e longo prazo, a simplificação e redução de custos operacionais podem compensar quaisquer ajustes na carga tributária. 

Assim, empresas que se prepararem estrategicamente para a Reforma, antecipando desafios e capitalizando oportunidades, poderão liderar uma nova era industrial no Brasil.  

A Reforma Tributária oferece uma chance única para o setor se reinventar, tornando-se mais competitivo tanto no mercado interno quanto no cenário internacional. 

Gostou do conteúdo? Esperamos que ele tenha esclarecido os principais impactos da Reforma Tributária no setor industrial!  

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